DIAS NO DESERTO
O que fazer de uma vida não sonhada?
De dias tão indeterminados
De momentos tão pesados
Num claustro de escuridão!
O labirinto das emoções
Vagueia torpo nesse universo
Consome as horas valorosas
Ceifadas no deserto das ilusões
Que ainda espera um recomeço
De vencer tantos tropeços
Num mundo tão atrevido
Onde há o belo, a ousadia
O ciclo da vida anuncia
Viva de sonho cada dia
Porque o poema está aqui
Chorando, gritando, cantando
E mesmo mudo ou versado
Está sempre aqui, livre ensanguentado
No seu prazer de sonho alado
Que só o amor o faz viver cantado
01/02/2013.
Esperança Vaz