Perdido...
Em meus sentidos me repugio...
Quão imunda és minha carne,
Desejaria por momentos ser cego...
Não viver numa casa de espelhos...
Para onde quer que eu olhe, minha imagem se reflete,
o que é apenas aparência me enlouqueçe,
Como pode...
Porque sou assim...
Meus olhos não me enganam...
nessa casa de espelhos,
tudo o que vejo são deformações...
Martírio de minha alma,
que se revela em todas ocasiões...
Sinto me sangrar por dentro...
Me deparando com tal imagem em todas ocasiões...
Essa repulsa me remoe por dentro...
espirito constrangido...se reprimindo a cada segundo,
Sei que não suporto mais...
deixo minha amargura se dissipar em lágrimas...
Constante nausea me depura em tormento,
Queria eu me livrar por um só momento...
dessa aflição que me atinge a todo momento,
em pele sentirei uma vergonha eterna..
coberta por mantos negros tento me esconder...
quem dera afloreçer um sorriso sincero...
em meio a lençóis transparentes...
Pudera com o tempo sentir me leve...
andar de cabeça erguida,
sem temer olhares...
essa imagem me deprime,
sucumbirei em prantos...até o nasçer do dia...
seguindo minha filosofia,
minha máscara jamais deixarei cair...
Perderei meus sonhos...
me trancarei para todo sempre nessa casa de espelhos...
onde minha alma está presa confessando seus medos...
Quando mesmo de olhos fechados,
Me vejo a desfilar...
em meio a podridão na qual mereço estar.
De que adianta meus lábios secos...
O que vale um corpo fraco,
Elogios que à meus ouvidos se tornam piores ofensas...
Não acreditando em mim, sei que estou sentenciando,
à morte de meu ser...
Por querer ver em meu reflexo...
o que jamais poderei ser.
Anjo- léo!!!