Menino Triste

Menino Triste

Para onde correres sempre serás

aquele menino! Sempre acharás o vazio.

Verás, nas inquietudes tuas,

disformes ações, aceleradas, cruas.

Tens morrido e nascido todas as noites,

menino triste! Como a dor cresceste nas passagens das coisas.

Algo flutua na crença que te torna magia.

Atirado nos congestionamentos do ser,

ganhaste a ti.

Tudo mais sobrou, para contar a mágoa, que incomodaram

a tua agonia íntima dos sentimentos.

Curado das lágrimas do rosto de sofrimentos escondido, quase rudes,

hoje sempre sorri, mas não choras mais.

O menino, que sempre se esconde

das coisas do mundo, se podou.