Desenhando palavras noturnas

A janela ficou aberta

Os livros fechados

A hora era incerta

O coração estava apertado

A televisão ligada em um canal qualquer

Faziam vozes se misturar a solidão

A cama bagunçada e uma xícara cheia de café

Refletiam o apego pela noite perfumada de escuridão

O relógio marcava o velório da lua

O violão se tornava a melhor companhia

Nada que precisasse estava na rua

Estava bem sozinho,fazia do quarto a sua ilha

Quando o sol chegava

As poesias já estavam espalhadas

As dores estancadas

Com a noite que morria

Mas logo logo...

Voltava