ESPECTRO
ESPECTRO
(Luciane A. Vieira – 04/01/2001)
Eu queria tanto saber
De onde vem o canto
Que embala essa voz,
Embriaga o meu tom
E encara esta canção...
Tem um som tão diferente
Não ouso apenas sentir
Enrosco o meu cantar...
Em meu sabor...
Em meu pulsar...
Em meu pudor...
Queria tanto descobrir
Onde ficou o meu perdão
A emplacar meus dias
De solidão, e,
No véu do passado
Lembra uma ilusão...
Doce paixão: pegou forte
Em meu coração...
Eu quero sentir o som
O ar... A voz... O tom...
Que ficou pra trás
E vem, de novo, acender,
No presente, o segredo
Um novo velho amor
Perdido na solidão de um beijo, e
Presente na ilusão do azul do céu,
Sem uma vaga esperança...
Sem uma nova canção eu fui,
Um difuso espectro,
Sem ser ou ver o que sou...