Constância (ou a Depressão)
Poema escrito em 13 de setembro de 2010
A constância era derradeira
passava dias, e as vezes noites entre o jardim
onde havia flores e frutos.
Vez em quando fazer feira
para uma ouvir uma conversa
uma prosa , um assunto.
Levava consigo um pensamento
que a guiava sem esmero
aos aromas, aos temperos.
Tudo lá fascinava
Não só as pessoas, ou o verdureiro
mais coisas que sonhava.
Comprava legumes e verduras
Ah! o jantar deve ser saudável!
E a manhã também! pensava ela.
Porque também não remédios
que a natureza propôs a nós
antes dos médicos?
Sabia que exagerava
mas nutria uma verdade em si
que enquanto mais gostasse de si
menos alguém importava.
Nas horas, e nos dias
o tempo parecia que passava
mesmo que sua alma sofria.
Nas visitas que a ela faziam
que sorviam sua comida
a ela bastava o que servia
prato a prato suas receitas
porque tudo era colheita
pras pessoas que lá vinham...
Havia claro seus animais de estimação
que como ela, também se insinuavam.
Suas companhias!
"mesmo que só se viam"
dia após dia se amavam
enquanto miavam ou o cão latia
era o tanto que ela precisava.
Sua mudez era um sotaque
alguns temiam sua mudez.
Os olhos transfiguravam-se
a boca parecia corada,
mas os lábios até que exclamavam
que lá dentro estava
alguém desejando ser amada.
A mulher fala com o corpo.
Tem no andar as palavras
que são ditas enquanto caminham.
Era estranho em certos momentos
o doce gosto que deixava,
no vulto de sua passagem breve
"muito se escutava".
Não que seu corpo era feio
é a estética que define o belo.
A estética oprime o elo
entre corpo e razão.
É que havia mais alguma coisa
que afetava seu coração.
O silêncio ouve tudo.
Temos que ter ouvidos p'ra ele!
"Todo barulho tem uma nota"
há passos lentos, há passos rápidos.
Por ter um sentido, isso tem vida
e é o que escutamos
em breves estampidos.
Constância era derradeira
como a água que corre
como a lágrima que escorre
de seu pranto infinito,
que parece ser infinito
porque a vida não morre
mas precisa de sentido!
Com olhar calmo
voltou, olhou em volta
todos foram dormir.
- Que faço se assim existo?
"Um tempo de acordar
outro de sumir"...
Constancy (or depression)
Poem written in September 13, 2010
The constancy was last
spent days, and sometimes nights between the garden
where there were flowers and fruits.
Occasionally make fair
for a hear a conversation
prose, a subject.
He carried a thought
that drove without care
of flavorings, spices.
Everything there fascinated
Not only people, or the greengrocer
more things dreamed.
Buy vegetables
Ah! dinner should be healthy!
And the morning too! she thought.
Because neither remedies
that nature has proposed to us
before the doctors?
Did you know that exaggerated
but nurtured a truth itself
that while most liked you
least someone cared.
In the hours and days
time seemed passing
even if his soul was suffering.
In the visits that she did
who sipped their food
it was enough that served
dish the dish its revenues
because everything was harvest
to people who came there ...
There were clear your pets
that like her, also hinted.
Their companies!
"Even if only saw"
Day after day they loved
while the dog barked or miavam
was as much as she needed.
His silence was an accent
some feared his silence.
Eyes-transfiguravam
the mouth was stained,
but the lips until they cried
that there was
someone wanting to be loved.
Woman speaks with the body.
Has the floor the words
that are said while walking.
It was strange at times
the sweet taste that left,
in his brief major
"Much was heard."
Not that his body was ugly
is the aesthetic that defines beauty.
The aesthetic overwhelms the link
between body and reason.
Is that there was something else
affecting your heart.
The silence hears everything.
We must have heard p'ra it!
"Every noise has a note"
there slowly, there quick steps.
By having a sense, this is life
and is what we hear
in short bangs.
Constance was last
as the water flowing
as the tears flowing
of his infinite sorrow,
that seems to be infinite
because life does not die
but needs direction!
With calm look
came back, looked around
everyone went to bed.
- What do I do if they exist?
"A wake up time
other disappear "...
Poema escrito em 13 de setembro de 2010
A constância era derradeira
passava dias, e as vezes noites entre o jardim
onde havia flores e frutos.
Vez em quando fazer feira
para uma ouvir uma conversa
uma prosa , um assunto.
Levava consigo um pensamento
que a guiava sem esmero
aos aromas, aos temperos.
Tudo lá fascinava
Não só as pessoas, ou o verdureiro
mais coisas que sonhava.
Comprava legumes e verduras
Ah! o jantar deve ser saudável!
E a manhã também! pensava ela.
Porque também não remédios
que a natureza propôs a nós
antes dos médicos?
Sabia que exagerava
mas nutria uma verdade em si
que enquanto mais gostasse de si
menos alguém importava.
Nas horas, e nos dias
o tempo parecia que passava
mesmo que sua alma sofria.
Nas visitas que a ela faziam
que sorviam sua comida
a ela bastava o que servia
prato a prato suas receitas
porque tudo era colheita
pras pessoas que lá vinham...
Havia claro seus animais de estimação
que como ela, também se insinuavam.
Suas companhias!
"mesmo que só se viam"
dia após dia se amavam
enquanto miavam ou o cão latia
era o tanto que ela precisava.
Sua mudez era um sotaque
alguns temiam sua mudez.
Os olhos transfiguravam-se
a boca parecia corada,
mas os lábios até que exclamavam
que lá dentro estava
alguém desejando ser amada.
A mulher fala com o corpo.
Tem no andar as palavras
que são ditas enquanto caminham.
Era estranho em certos momentos
o doce gosto que deixava,
no vulto de sua passagem breve
"muito se escutava".
Não que seu corpo era feio
é a estética que define o belo.
A estética oprime o elo
entre corpo e razão.
É que havia mais alguma coisa
que afetava seu coração.
O silêncio ouve tudo.
Temos que ter ouvidos p'ra ele!
"Todo barulho tem uma nota"
há passos lentos, há passos rápidos.
Por ter um sentido, isso tem vida
e é o que escutamos
em breves estampidos.
Constância era derradeira
como a água que corre
como a lágrima que escorre
de seu pranto infinito,
que parece ser infinito
porque a vida não morre
mas precisa de sentido!
Com olhar calmo
voltou, olhou em volta
todos foram dormir.
- Que faço se assim existo?
"Um tempo de acordar
outro de sumir"...
Constancy (or depression)
Poem written in September 13, 2010
The constancy was last
spent days, and sometimes nights between the garden
where there were flowers and fruits.
Occasionally make fair
for a hear a conversation
prose, a subject.
He carried a thought
that drove without care
of flavorings, spices.
Everything there fascinated
Not only people, or the greengrocer
more things dreamed.
Buy vegetables
Ah! dinner should be healthy!
And the morning too! she thought.
Because neither remedies
that nature has proposed to us
before the doctors?
Did you know that exaggerated
but nurtured a truth itself
that while most liked you
least someone cared.
In the hours and days
time seemed passing
even if his soul was suffering.
In the visits that she did
who sipped their food
it was enough that served
dish the dish its revenues
because everything was harvest
to people who came there ...
There were clear your pets
that like her, also hinted.
Their companies!
"Even if only saw"
Day after day they loved
while the dog barked or miavam
was as much as she needed.
His silence was an accent
some feared his silence.
Eyes-transfiguravam
the mouth was stained,
but the lips until they cried
that there was
someone wanting to be loved.
Woman speaks with the body.
Has the floor the words
that are said while walking.
It was strange at times
the sweet taste that left,
in his brief major
"Much was heard."
Not that his body was ugly
is the aesthetic that defines beauty.
The aesthetic overwhelms the link
between body and reason.
Is that there was something else
affecting your heart.
The silence hears everything.
We must have heard p'ra it!
"Every noise has a note"
there slowly, there quick steps.
By having a sense, this is life
and is what we hear
in short bangs.
Constance was last
as the water flowing
as the tears flowing
of his infinite sorrow,
that seems to be infinite
because life does not die
but needs direction!
With calm look
came back, looked around
everyone went to bed.
- What do I do if they exist?
"A wake up time
other disappear "...