Abandonado

Eu estou começando a entender o por que de todas as minhas desilusões se resumem em abandonos precosses que acabam machucando muito meu coração. Isso começa desde antes mesmo de me entender por gente. Acho que deve ser por isso que sinto as coisas de forma mais intensa que os outros.

O tempo sempre muda, nada é pra sempre nem um começo. Tenho medo, muito medo, pois quando acho que serei feliz de verdade, tudo vira de uma forma que eu não tenho explicação o por quê do acontecimento. Isso dói muito, mas do que até eu mesmo posso imaginar. Mas, sabe que estou me acostumando? Mesmo não gostando e achando ridículo tudo isso.

Sempre sou abandonado, sempre... Desde as formas mais demoradas até as mais rápidas. Me sinto como uma notícia de jornal passado, alguém que só vem para tapar as feridas; um jogador que entra no segundo tempo e sempre faz o gol que vence as partidas, mas nunca é titular; me sinto assim muitas, muitas vezes.

Sou obrigado a esquecer num passe de mágica o que foi construído, o que foi sentido, o que foi falado, o que foi escrito...Esquecer e fingir que nada aconteceu. Às vezes penso que meu destino é ficar mesmo sozinho. Eu entendo tudo, tenho que entender tudo, toda rejeição, toda bipolaridade e entender que não me entendem. É tão difícil entender o que vem e me mechem negativamente com minha cabeça.

Sou abandonado, deixado de lado, injustiçado... Tomare que isso mude, que eu não ache a solidão uma coisa normal

Diogo Jovi
Enviado por Diogo Jovi em 11/02/2013
Código do texto: T4135102
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