SOLIDÃO
(Ps/208)


Um clarão respira avermelhado
Na manhã de rosto regado
Existir não existe sem sentido
Navegam naus, mar a fora, dominado.

Quantos desejos frustrados, nebulosos
Desmerecimento caro de amor faltoso
Disfarces, sorrisos se volvem tímidos, graciosos,
Manifestos contidos semblantes desejosos.

Há quanto tempo a luz não brilha
Padece a carne na estação fria
Conforto e esperança em agonia
No vento se esvai gemendo em asfixia.

De silêncio tombam as horas sem afeto
Ternura fracassada nas paredes nuas
Na miséria da solidão há a face sua
Cresce o sentimento na trava da solidão.

 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 06/02/2013
Reeditado em 27/08/2018
Código do texto: T4126526
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