Noites de angústia

É muito difícil transpor isso

Olho para o lado e tudo inerte...

Procuro jogar pra fora

Essa angústia dentro do peito...

Por mais que eu tente, invente

Expelir esse cancro, aqui dormente...

Uma consternação que não mitiga

Uma aflição que sufoca, fadiga

Uma dor que corrói, dor ardida

Segrego só com os Deuses...

Faço tudo pra não transparecer

Ninguém merece galgar o meu sofrer

Só eu o sei no meu deitar!...

Fazem-se eternos os pesadelos

É um pesar enviesado calado

É um abstrato que se consolida

É um concreto que se esvai...

E nesse emaranhado de perguntas,

Assim, os vivo tão somente só...

Exacerbam-se os letargos fúteis

Presentes até o raiar do dia

Em pensar que logo mais à noite,

No deitar da escuridão dos sonhos

Assim, do nada ela retorna

E o sofrimento recomeça...

Marcos Antony
Enviado por Marcos Antony em 04/02/2013
Reeditado em 04/02/2013
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