poeta em crise

Vazio sem inspirações, que me incomodem me arrebatem a lugares distantes, sem um papel onde possa expressar o que sinto frio vou teclando as letras diante de uma tela de cristal, sinto-me como o papel em branco.

Perdir-me entre as nevoas, sentir os pingos de chuvas, dissipando dura camada de incredulidade que com o tempo incrustaram.

Como os galhos secos de outono, como de um silencio dos pássaros.

Como de um dormir de um cachorro em meio à rua, despreocupado com a sorte, assim a vida vou levando.

Um adormecer dos pés de uma bailarina

Uma severidade num semblante de uma criança

Insensibilizado, não mais acredito escrever doces poesias que comovam como antes assim comoviam que me ouviam, não acredito mais no efeito das palavras.

Vulnerável e pequeno como um inseto me sinto com um curto prazo de vida, sem a arte, sem as doces inspirações. sem a poesia dentro de mim volto a ser um mortal como antes era.

Adriano Pinheiro
Enviado por Adriano Pinheiro em 04/02/2013
Código do texto: T4121832
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