O transeunte
Nas ruínas desertas
Uma inquietação profunda
Um transeunte passeia
E distraído pisa sem querer
Na parte frágil dessa gruta
E causa um abismo
Abismo que se firma
Provocando aflição e medo.
E um pedido de socorro
Soa silenciosamente
Ecoa nas paredes desertas
Vai além do que a garganta
Pode gritar
Um grito ensurdecedor
Na caverna
Cansada de silêncio
E incompreensão
O transeunte passa
Despercebido
Sem se saber causador
De um abismo profundo.