O SORRISO DA MONALISA

O sorriso que me consome não tem nome, nem designação
Desse sorriso apenas sei que vive na contramão de mim.
O sorriso que me consome pode ser o sorriso discreto da monalisa
Entre tantos quadros dependurados no museu do meu passado.
O sorriso que me consome eu vejo longe, bem ao longe, não sei aonde vai me levar.
O sorriso que me consome pode ser o largo do palhaço no picadeiro do circo da vida.
O sorriso que me consome, não me censura, não me mede, apenas me segue
O sorriso que me consome está além ou aquém, ainda não sei bem, nem ser zen...
O sorriso que me consome pode ser uma gargalhada ou de canto de boca...
O sorriso que me consome, não some, me toma num arroubo, então sofro
O sorriso que me consome é mesmo sorriso que ainda não consegui decifrar...
O sorriso que me consome... é o mesmo sorriso que zomba e tomba diante da fome de mim.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 30/01/2013
Reeditado em 08/02/2013
Código do texto: T4113777
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