MÁSCARAS

Sombras abstratas

Nas paredes de meu quarto

Enfeitando minha solidão.

Fantasmas da penumbra,

Restos de luar

Pela janela a espreitar.

O poema não terminado

Numa folha rabiscado.

Detalhes insones

Onde pensamentos vagam

Sem desejos de silenciar.

Fecho os olhos,

Os fantasmas somem.

Cubro-me de lua.

Calam-se os murmúrios da noite,

As sombras se aquietam...

Até quando essas noites vazias,

Cabide de sonhos,

Onde dependuro as máscaras

Do meu dia a dia?

Arlette Santos

Arlette Santos
Enviado por Arlette Santos em 28/01/2013
Código do texto: T4110609
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