MÁSCARAS
Sombras abstratas
Nas paredes de meu quarto
Enfeitando minha solidão.
Fantasmas da penumbra,
Restos de luar
Pela janela a espreitar.
O poema não terminado
Numa folha rabiscado.
Detalhes insones
Onde pensamentos vagam
Sem desejos de silenciar.
Fecho os olhos,
Os fantasmas somem.
Cubro-me de lua.
Calam-se os murmúrios da noite,
As sombras se aquietam...
Até quando essas noites vazias,
Cabide de sonhos,
Onde dependuro as máscaras
Do meu dia a dia?
Arlette Santos