Na noite que rui
Neste logradouro descalço
Apalpo com os pés a areia
Instável que me afunda
Na pesada noite que rui
Enclausurada do amante
Amargurada alma pende
Neste canto de Bethânia
Sem lágrima pálida alija
Incorpóreo ainda em mim
Em marcas das estadas
No fechar das pálpebras
A enevoada se rescinde
Meus poros sua as gotas
Do sangue já purpúreo.