Na noite que rui

Neste logradouro descalço

Apalpo com os pés a areia

Instável que me afunda

Na pesada noite que rui

Enclausurada do amante

Amargurada alma pende

Neste canto de Bethânia

Sem lágrima pálida alija

Incorpóreo ainda em mim

Em marcas das estadas

No fechar das pálpebras

A enevoada se rescinde

Meus poros sua as gotas

Do sangue já purpúreo.

Naldo Martins
Enviado por Naldo Martins em 25/01/2013
Código do texto: T4103627
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