Sem saída
Abra as portas
da vida insensata
Deixe a luz do negro sol adentrar
Abra as portas da percepção
As janelas da decepção
e finja que há uma leve brisa no ar
Derrube as paredes
de seu orgulho concreto
Desabe
o desamor perdido em falsas promessas
Acabe de uma vez com essa dor
que te assola sem perceber
e me esfola a alma
Abra os portais
da sanidade estendida
e desentendida
Feche
teus olhos lacrimejantes
Não há mais saída
Agora é tarde
Já me perdeu
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Esse poema foi originalmente publicado no livro "Um lugar para dizer adeus"