Sem saída

Abra as portas

da vida insensata

Deixe a luz do negro sol adentrar

Abra as portas da percepção

As janelas da decepção

e finja que há uma leve brisa no ar

Derrube as paredes

de seu orgulho concreto

Desabe

o desamor perdido em falsas promessas

Acabe de uma vez com essa dor

que te assola sem perceber

e me esfola a alma

Abra os portais

da sanidade estendida

e desentendida

Feche

teus olhos lacrimejantes

Não há mais saída

Agora é tarde

Já me perdeu

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Esse poema foi originalmente publicado no livro "Um lugar para dizer adeus"

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 24/01/2013
Reeditado em 24/01/2013
Código do texto: T4101975
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