Fugindo nos dias...
As gotas caíram,
Na inconstância do dia.
Os ventos sopraram mais frios.
Na inconstância dos dias.
O céu foi belo!
Mesmo sem vestir-se de azul nem amarelo...
Na inconstância dos dias.
A noite foi gélida, clara em neve.
E tudo foi tão só... Cada um em seu lugar.
O lago eterno da amizade,
Quase seco ficou... Da eternidade e de toda transparência.
Na confusão de tantos acontecimentos de nada.
Na inconstância dos dias.
Na noite, que correu para chegar,
se arrastou bem devagar para partir.
E o lugar foi ficando mais vazio de todo brilho e distração.
Sem volta, sem par.
Até que a noite resolvida a não mais fechar os olhos,
E o dia, por excelência permanecia com olhos fechados.
Na inconstância dos dias.
Na inconstância das noites.
Houve então a transparência da cor.
Vesti-me do preto,
Gargalhei do azul...
Que dançava a dança do tempo,
Completamente nu...