Estranheza
O espelho está vasio
A cama arrumada,
A despensa fechada,
O pó cobrindo a soleira,
A lareira fria de solidão
De inverno silencioso;
O gramado vadio,
Os jornais acumulados,
Contas de água e luz,
O papagaio está mudo
Surbo e sugisbundo.
Cadê você? Cadê tudo?
E por onde eu andaria?