UM RANCHO, UM RIBEIRÃO

Os sons, que invadem o grotão,

vai, despertando a solidão,

por isso, são tristes assim...

Estão, despedindo do luar,

saudando, o sol, que vai raiar,

nessas terras do sem fim...

Unindo ao som do vento, no mato,

das pequenas quedas, do regato,

ao lado do rancho, no ribeirão...

Ai! Se pudesse ouvir o infinito,

ouviria, é certo, um doloroso grito,

que está soltando, o meu coração...

Manhãzinha fria, e nevoenta,

na grota, onde a vida é lenta,

sem o vento, que hoje não assobia...

Tudo aqui, tão devagarinho passa,

não dissipa das árvores, a fumaça,

penso, estão lendo minha poesia...