*** Porto Solidão ***
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Desapeguei-me das noites sombrias
Onde dormia apenas meu corpo inerte
Exaurido de tantas buscas naufragadas
Abri mão do coração aflito e o deixei partir
Pois que, já descontente se exauria em areias movediças
Sem ter uma razão para ficar
Partiu!... Assim! Apenas
Não justifico seus atos
Aceito apenas
Calei a dor da separação
Sepultei as perdas ao longo dos dias
Recolhi pedaços por onde andei
Desorientada, perdida
Divaguei meu pranto, incontido pungente
O vento frio acalma a dor, o vazio espalha
Os pensamentos sombrios
Hoje apenas espero...
A regeneração dos sentidos
É preciso cicatrizar as feridas
Esperar! Ah1 esta espera que se alonga em mim
Sem tempo pra ficar...
Talvez quem sabe um dia eu consiga voltar
E dizer quem sou hoje...
SP 14/01/12
Darcy Bilherbeck.