Poetas Morrerão de Tédio
Poetas Morrerão de Tédio
Uma sem razão, sem sentir
frieza, nem triste, nem feliz
que me faz escapar por um triz
do meu lugubre partir
Da falta que sinto
do tudo que tenho
do pouco que me empenho,
prendo-me para não fugir
A vida seria um jogo
na qual teria eu de ganhar
mas não ganho e nem jogo
pois inerte no tédio não quero continuar
Poetas não morrerão de fome
mas morrerão de tédio
que lentamente os consome
cobrindo-os de frio paródio
E junto deles morrerei
lentamente padecerei,
como agora grito pelo morrer
ontem gritava pelo viver.
(Rafaela Duccini - 7/3/2007)