Ratos
O rato é o rei entre quatro paredes
Inventa quimeras de uma falsa paixão
Boceja o sono da embriaguez
Apega, acende, traga e apaga
O cigarro amargo da ilusão
O rato é o deus é o Judas
É o diabo que me acuda
É a santa virgem arregaçada
É a maldita puta selada
Infiltrado na podridão
Trepa, rasga
O silencio vaginal
Das Santas Putas inventadas
O rato é a liberdade
A insanidade
É a doença
É a poesia cravada
Na carne podre dessa falsa moralidade