ATO FINAL

As luzes já se apagaram quase todas

Somente um tênue fio ainda banha minha face

Fazendo retinir o brilho de uma lágrima

As cortinas semicerradas começam a ocultar

A imagem de mim a representar

O ato último desta minha peça

Peça esta, quem ma escreveu não sei

Porém, em certo momento

Outra personagem comecei representar

Ante o público que com aplausos e críticas

A assistir minha performance estava

Muitos atos com sucesso eu representei

Entretanto, sucesso somente não tive

Ao mais difícil dos atos representar

O tão sublime ato de amar e ser amado

Neste momento final de meu ato último

Quando canção não mais há a entoar

Atrás da ribalta se encontra queda a orquestra

O público que aplausos e vaias dantes me deu

Dá-me agora somente sua triste ausência

Ecoando no silêncio vazio deste teatro

Recostar-me-ei, então, lentamente ao solo

Num derradeiro ato meus olhos fecharei

Para ao sono eterno me entregar

Viverei doravante dentro da eternidade

Do sonho último onde poderei representar

O tão sublime ato de amar e ser amado...

Erik McArthedain
Enviado por Erik McArthedain em 09/03/2007
Código do texto: T406421
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