SOLITUDE
Imensa e populosa cidade deserta
D’onde a humanidade (des)anda
Sob a ilusão da noite entreaberta
À madrugada, a tristeza decanta
Em águas tantas sangrando perto
N'um céu estirado de ébria manta
Pouca lua alumia o que de mim é desperto
Os olhos cerram a noite, descansados
Ah, já houvera raio mais puro, mais certo...
Mas aqui um negrume de céu imolado
Intimida-me num fado de maus tesouros
Sob tantos e quantos ais desfraldados...