Minh'alma corre livre na confusa estrada da vida
Tal como o canto do levita
viajo por mundos não visitados

A conquista é tão somente a palidez no rosto do artista...
A felicidade é ato inventado
Um circo que chegou trazendo o palhaço!

Assim como os sonhos da donzela...Me desfaço...
Me perco...canto...danço....
Sorrio...choro...para ser completo... Me despedaço...
Correndo livre como as letras nascidas do poeta
Me perco...Canto...Choro e danço neste espetáculo!

O dia dissolve-se nas trevas da noite...
De tudo um pouco sinto...
Tristeza...Alegria...cansaço...
Com minha humanidade me ressinto!

Cada passo dado...E tudo parece tão mais perto
Mas...Armadilha para o esperto...
Não chegaremos nunca ao final
O fim é ilusão...O que há são intermináveis novos começos
-Pensamento “mei que” sobrenatural-
 

Cada passo dado...E me vejo perdido
Nada, de fato, é de valor...
No passar do tempo as dançantes letras se vão
Morre o sonho e nasce o rancor!
Mas... Não existe fim...Recomeçar sim...
Com amor, fé e labor!

Cada passo dado... E o humanismo confunde-se com rebeldia...
Cada passo dado...E morre um tanto da ideologia...
E neste ato interminável de recomeço dissimulado
Eu sou o riso do palhaço...Aquele que jaz, no tempo, apagado!

Descubro, em cada passo dado, a triste melancolia
que inspiração é no alvorecer da alegria...
Mas...Diante o mundo de homens e maquinas, me pergunto:
- Que vantagem leva Maria?

Cada passo dado...Eu me descubro menino
caminhando com o Vagabundo lado a lado
Aquele moleque pobre, do beijo inocente, de lagrimas, molhado!

Vejo-me torto e confuso...
Porem, há equilíbrio em cada passo desajeitado
Por isso louvo o que escrevi e o que há ainda de ser escrito...
Meus passos, por vezes, são tortos e esquisitos
Mas...São passos de artista, andando despreocupado na vida
Passos tortos e esquisitos, mas belos, como os passos de Carlitos!