Memórias inventadas

Abro as cortinas da janela

Do mundo que não é mais meu.

Olho e sinto falta do que a gente nunca viveu

E as minhas memórias são quase todas inventadas...

Já faz tempo que a vida perdeu a graça

E eu sei, no fundo eu sei, que não devia pensar desse jeito,

Mas o que posso fazer se a única coisa que me faz feliz,

E que tem feito algum sentido pra mim,

Foi arrancado, assim, brutal e friamente

Da visão embaçada,

De lágriumas disfarçadas,

Dos meus olhos?...

*Dedicado a F.

Rio, 24 de dezembro de 2012.

Demetria
Enviado por Demetria em 28/12/2012
Reeditado em 18/01/2015
Código do texto: T4057260
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