Memórias inventadas
Abro as cortinas da janela
Do mundo que não é mais meu.
Olho e sinto falta do que a gente nunca viveu
E as minhas memórias são quase todas inventadas...
Já faz tempo que a vida perdeu a graça
E eu sei, no fundo eu sei, que não devia pensar desse jeito,
Mas o que posso fazer se a única coisa que me faz feliz,
E que tem feito algum sentido pra mim,
Foi arrancado, assim, brutal e friamente
Da visão embaçada,
De lágriumas disfarçadas,
Dos meus olhos?...
*Dedicado a F.
Rio, 24 de dezembro de 2012.