Medo
Às vezes, no silêncio da noites, me vejo a pensar, errante, distante, sozinho, pensamentos inconformes, de nada com nada, de uma psicodelia familiar, mas qual jamais vi e nem senti.
Vontade de correr, mas como se em sonho estivesse, as pernas não obedecem, o corpo adormece, coração se arritmiza, suor que se esfria, a escorrer pela face e adentrar em meus olhos, me impedindo de abrí-los de tanto ardor.
Que agonia o sentimento, da impotência e da fraqueza, da vontade de ter vontade, de escancarar a minha face, diante desse sentimento, aflitante, agoniante, intimidante, emfim, horripilante.
Passei a conhecer então, aquele matador de sonhos, matador de vontades, matador do querer, conheci o mais mau dos sentimentos, conheci aquele que pensei jamais conhecer, conheci, o medo!