Decidi onde quero fazer morada:
Nada de um amor numa cabana.
Tampouco de “torturante” aconchego,
nos teus braços contaminados,
numa casinha branca na estrada.
Quero fazer morada nos livros,
lugar por bem poucos visitado.
Farei companhia aos insanos,
que me deixaram de herança,
o caos poético em que navego.
Se amanhã acabar o mundo?
Terá fim o amor engendrado
e as odes na estante de ilusão,
dos imortais
entorpecidos:
terá acabado!