A tarde se estende no horizonte
Cinzenta... vazia...
Disformes... lânguidas...
Caem as folhas do outono
Distante da fantasia sinto a amargura do passar de mais um dia
Outrora imersos em lágrimas, meus olhos teimosamente secam
Sinto, nos ossos, o passar dos anos
Sinto a rapidez da primavera se esvaindo
E a pressa com que as olivas se escondem
Olho um pé de maçã senil e sozinho
Reparo, amedrontada, os efeitos do tempo
A secar-lhe o casco... a muchar-lhe os frutos
Imóveis, ficamos a macieira e eu
Silentes, sabendo uma da secura da outra
Hesitantes, fitamo-nos
Sem saber se o que encerra em ambas
É a seiva ou a poesia
(Imagem: Google)
Cinzenta... vazia...
Disformes... lânguidas...
Caem as folhas do outono
Distante da fantasia sinto a amargura do passar de mais um dia
Outrora imersos em lágrimas, meus olhos teimosamente secam
Sinto, nos ossos, o passar dos anos
Sinto a rapidez da primavera se esvaindo
E a pressa com que as olivas se escondem
Olho um pé de maçã senil e sozinho
Reparo, amedrontada, os efeitos do tempo
A secar-lhe o casco... a muchar-lhe os frutos
Imóveis, ficamos a macieira e eu
Silentes, sabendo uma da secura da outra
Hesitantes, fitamo-nos
Sem saber se o que encerra em ambas
É a seiva ou a poesia
(Imagem: Google)