A DOR DO POETA
A poesia é sempre necessária,
para amenizar por todos os meios
as dores, dúvidas e anseios
desta nossa vida temerária...
A poesia, rimada ou em versos brancos,
enfeita essa nossa vida
que -de uma ou de outra forma-
arrastamos aos trancos e barrancos...
Cantamos ou choramos,
entre lenços e lençóis
o pranto que ninguém choraria
com a mesma intensidade,
de tristeza ou de saudade,
por nós ou para nós...
A poesia canta a vida
assim como chora a morte,
encanta como lamenta
em versos de toda sorte.
O poeta,
esse ser que canta a própria dor,
tergiversa,
mas sofre humanamente
as dores do -sempre penúltimo-
desesperançado amor...