Eu de Eu mesmo

........Na verdade não sei o que escrever,

penso tudo, a toda hora, a todo momento

como flores que perdem suas pétalas ao vento

ou sozinho, em uma cidade sem contexto

Agora sei porque existo aqui

sou apenas objeto de guerra

Um penhasco nascido em farsci

um cavalo de tróia em espera

Pois sei cavalos não choram

mas a tristeza a ele se remete

tão pequeno quanto um próton

a minha vida desfalece

Encorajam-me ao gritar comigo

me ensentivo e tento lutar

tento sair escondido

de um abismo que não quer me largar

Esqueço de tudo, e de todos

e na luta ganho esperança

reflexo-me no espelho envelhecido

mas não vejo tal semelhança

Em meio a dezembro

estarei partindo

para bem longe de perto daqui

sairei daquele portão sorrindo

de uma prisão que nunca fugi

Colocarei meus pés na terra molhada

local onde nunca pisei

deixo para trás, toda aquela mágoa

de morte e tristeza que vivenciei

Acordarei amanhã com saudades

deste cárcere maldito

só quem esta lá dentro

é quem consegue fazer amigos

No entanto, alguma esperança me restou

A esperança de estar aqui na rua

e procurar o meu amor

Procuro, procuro, procuro

e não consigo encontrar

Não acredito neste absurdo

que fez meu coração formigar

jezrell
Enviado por jezrell em 06/12/2012
Código do texto: T4022853
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