Eu de Eu mesmo
........Na verdade não sei o que escrever,
penso tudo, a toda hora, a todo momento
como flores que perdem suas pétalas ao vento
ou sozinho, em uma cidade sem contexto
Agora sei porque existo aqui
sou apenas objeto de guerra
Um penhasco nascido em farsci
um cavalo de tróia em espera
Pois sei cavalos não choram
mas a tristeza a ele se remete
tão pequeno quanto um próton
a minha vida desfalece
Encorajam-me ao gritar comigo
me ensentivo e tento lutar
tento sair escondido
de um abismo que não quer me largar
Esqueço de tudo, e de todos
e na luta ganho esperança
reflexo-me no espelho envelhecido
mas não vejo tal semelhança
Em meio a dezembro
estarei partindo
para bem longe de perto daqui
sairei daquele portão sorrindo
de uma prisão que nunca fugi
Colocarei meus pés na terra molhada
local onde nunca pisei
deixo para trás, toda aquela mágoa
de morte e tristeza que vivenciei
Acordarei amanhã com saudades
deste cárcere maldito
só quem esta lá dentro
é quem consegue fazer amigos
No entanto, alguma esperança me restou
A esperança de estar aqui na rua
e procurar o meu amor
Procuro, procuro, procuro
e não consigo encontrar
Não acredito neste absurdo
que fez meu coração formigar