Sem eco

Pelos abismos grito o meu amor,

Suplico, sussurro, marco passos,

Meu coração inflo de dor

E explodo-o em mil pedaços.

Murmuro convite, mando beijos,

Canto árias, faço mais uma canção,

Crio retumbantes desejos,

Nada, sem eco, tudo em vão.

Minha voz clama no deserto:

"Entra no meu peito aberto,

Ouve lá os rouxinóis".

Sem resposta me desiludo,

Quem me dera ser mudo,

Não mais esperar uma voz.

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Agradeço o querido amigo Tony Bahia pelo comentário incentivante que me motivou a mudar as duas últimas estrofes, na esperança de assim melhorar este soneto.