MINHA TEMPESTADE

Sigo na calma das vazantes,
lentamente tomando minhas beiras,
num ritmo intenso como as cumeeiras,
quando as chuvas desabam no telhado
em volume mais forte que dos hidrantes.

Aparência serena sobre forte tensão,
caminho buscando o que não encontrei.
Com todas as desculpas eu me perdoei,
mas não entendi o desfecho do molhado,
tanta água passada com raio e trovão!

Barulhos intermináveis, meu medo infinito,
olhar estes céus de tempestade é bonito!
E eu que pensava que pudesse suportar,
se isso prolonga, só faço chorar.

Breves paradas hospedam o azul dos céus,
antes de outra tempestade começar a cair.
Meus temores são vistos sob os mesmos véus,
tingidos no cinza que é meu existir...



MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 05/03/2007
Reeditado em 21/07/2013
Código do texto: T401915
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