Imortal
Eis que chega novamente a noite austera
Que zomba e me assombra com pavor
Traz a dor da solitude que me desespera
Enchendo o meu tolo coração de temor
Minha sombra na parede, única companhia
Mas não cura a interna e sádica solidão
Minha alma, pobre, adoece e fica mais fria
Eu morro lentamente, prendo a respiração
Ansiando adormecer, para minha dor parar
Que esta noite, maldita, leve longe o tormento
De viver, de existir, de dormir e de acordar...
Sou eterno, sempre sofro, morro só em pensamento