EREMITA
Sandra Fayad
Ah, como é boa a vida de eremita!
Vivê-la é bom para que eu reflita.
Se pensas de sofro, esquece!
Sofro não!No meu eremitério
Não falta amor, poesia, prece
Não falta surpresa, nem mistério.
Se estou no meio do povo
Desconcentro, desacerto,
Marcho com o pé esquerdo,
Sinto-me frágil como um ovo.
Fico longe...ou muito perto,
Outras vezes sou um estorvo.
Há vozes no meu eremitério:
São frases curtas cadenciadas
Como as inscrições no cemitério.
As canções são as que mais gosto.
Viajo nelas. Nelas me transporto
Ao passado e ao futuro,
Sem medo de expor ansiedade ou segredo.
Há olhos no meu eremitério:
Dois normais e um antiaéreo,
Que também possui silente alarme
Pra que teu barulho não venha embaralhar-me.
Ah, como é boa a vida de eremita
Vivê-la é bom para que eu reflita.
Se pensas que sofro, esquece!
Bsb, 02/12/2012
Sandra Fayad
Ah, como é boa a vida de eremita!
Vivê-la é bom para que eu reflita.
Se pensas de sofro, esquece!
Sofro não!No meu eremitério
Não falta amor, poesia, prece
Não falta surpresa, nem mistério.
Se estou no meio do povo
Desconcentro, desacerto,
Marcho com o pé esquerdo,
Sinto-me frágil como um ovo.
Fico longe...ou muito perto,
Outras vezes sou um estorvo.
Há vozes no meu eremitério:
São frases curtas cadenciadas
Como as inscrições no cemitério.
As canções são as que mais gosto.
Viajo nelas. Nelas me transporto
Ao passado e ao futuro,
Sem medo de expor ansiedade ou segredo.
Há olhos no meu eremitério:
Dois normais e um antiaéreo,
Que também possui silente alarme
Pra que teu barulho não venha embaralhar-me.
Ah, como é boa a vida de eremita
Vivê-la é bom para que eu reflita.
Se pensas que sofro, esquece!
Bsb, 02/12/2012