Salva-me
Salva-me por favor
Salva-me de mim mesmo
Eu sinto tanta dor
Sinto cansaço, medo
Por favor
Eu preciso do teu abraço
Sinto que estou morrendo
Só tua presença me fortalece
Salva-me
Eu suplico
Salva-me
Desse mundo de tristezas
Pesadelos
Eu sonho que no futuro
Voltarei a andar
Então irei ao seu encontro
Agora não tenho forças
Salva-me da solidão
Guarda minha alma
Perto do teu coração
Salva-me de Deus
Pois seu castigo é injusto
Peço perdão todas as noites
Por estar ausente
Por não saber mais amar
Existe tanta dor dentro de mim
Como se eu pudesse sentir
O mal da humanidade
Salva-me desse mal
Salva-me do amor
[cheiro de erva doce]
Deixamos nossos amores ir
Mas sempre há um lugar
No qual permanecerão
Intocáveis
Salva-me da poluição
Do medo de morrer
De que tudo isso seja em vão
O ponto que une esses dois mundos
Quais sejam os nomes escolhidos
Aparecem estampados nos livros
E nos contos de fadas
As amarras do destino que os une
Quais sejam seus pontos de fixação
Podem nos levar a infinitos caminhos
Sem desconfiarmos em que direção
Salva-me
Da paralisia comportamental
Da falta de excessos
Das criaturas humanas
Dessa sociedade medieval
Salva-me
Dos domingos chuvosos
Das noites em claro
Dos lagos sem vida
Das vidas sem lagos
Salva-me
Da desbotada sensação
Da angustia e do medo
Das tempestades frias
Nessas noites de verão