Salva-me

Salva-me por favor

Salva-me de mim mesmo

Eu sinto tanta dor

Sinto cansaço, medo

Por favor

Eu preciso do teu abraço

Sinto que estou morrendo

Só tua presença me fortalece

Salva-me

Eu suplico

Salva-me

Desse mundo de tristezas

Pesadelos

Eu sonho que no futuro

Voltarei a andar

Então irei ao seu encontro

Agora não tenho forças

Salva-me da solidão

Guarda minha alma

Perto do teu coração

Salva-me de Deus

Pois seu castigo é injusto

Peço perdão todas as noites

Por estar ausente

Por não saber mais amar

Existe tanta dor dentro de mim

Como se eu pudesse sentir

O mal da humanidade

Salva-me desse mal

Salva-me do amor

[cheiro de erva doce]

Deixamos nossos amores ir

Mas sempre há um lugar

No qual permanecerão

Intocáveis

Salva-me da poluição

Do medo de morrer

De que tudo isso seja em vão

O ponto que une esses dois mundos

Quais sejam os nomes escolhidos

Aparecem estampados nos livros

E nos contos de fadas

As amarras do destino que os une

Quais sejam seus pontos de fixação

Podem nos levar a infinitos caminhos

Sem desconfiarmos em que direção

Salva-me

Da paralisia comportamental

Da falta de excessos

Das criaturas humanas

Dessa sociedade medieval

Salva-me

Dos domingos chuvosos

Das noites em claro

Dos lagos sem vida

Das vidas sem lagos

Salva-me

Da desbotada sensação

Da angustia e do medo

Das tempestades frias

Nessas noites de verão

David dos Santos
Enviado por David dos Santos em 02/12/2012
Código do texto: T4015517
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