ROBERTA

VAI SER FRIA E LONGA ESSA MADRUGADA,

QUE SOZINHO, CAMINHAREI PELA CALÇADA,

POR ESSA SILENCIOSA CIDADE DESERTA.

TAMBEM FECHOU A PORTA DA MINHA MORADA,

TORNANDO, A NOITE MAIS TRISTE E DESOLADA,

ONDE NÃO EXISTE MAIS UMA PORTA ABERTA.

NÃO VAI ME ILUMINAR O CLARÃO DA LUA,

A SOLIDÃO, ESTARÁ PRESENTE EM TODA A RUA,

POIS TODA A TRISTEZA EM MIM DESPERTA.

TODA A ALEGRIA EXISTENTE FOI ENJAULADA,

NÃO ESTARA PRESENTE NESSA CAMINHADA,

EM QUE MINHA DIREÇÃO, SERA INCERTA.

PESADELOS QUE O CERÉBRO NÃO ESPALMA,

ARREPENDIMENTOS DILACERANDO A ALMA,

PARA MIM, JÁ NÃO EXISTE MAIS COBERTA.

A ESCURIDÃO DA NOITE, COBRIRÁ MINHA VIDA,

E AINDA SE TORNARÁ MAIS DOLORIDA,

QUANDO CHORANDO, CHAMAR POR ROBERTA.

TEREI POR COMPANHEIRO O VAGALUME,

E A DOCE LEMBRANÇA DE SEU PERFUME,

E SAUDADE, QUE O DESTINO NÃO CONCERTA.

EMBORA A TUDO ISSO QUE A VIDA ME OBRIGA,

AINDA GOSTARIA DE ENVIAR UMA CANTIGA,

PARA ALIVIAR, QUANDO A TRISTEZA APERTA.

FICAREI ESPERANDO O CLAREAR DO DIA,

EMBORA SAIBA, QUE NÃO VIRÁ COM ALEGRIA,

MEU CORAÇÃO JA ME PASSOU ESSE ALERTA.

MEU OLHAR, JA NÃO TEM MAIS BRILHO,

POIS NÃO SE PODE COLOCAR NO TRILHO,

AQUILO, QUE O DESTINO DESCONCERTA.

TRISTE CRIATURA, QUE NA NOITE CAMINHA,

ESTA SOLITÁRIA, MAS NÃO SOSINHA,

SUA DOR E TRISTEZA, ESTA ENCOBERTA.

NÃO OLHA A LUA NEM POR UM MINUTO,

SEU VIVER E SEU MUNDO, ESTA EM LUTO,

PELA FALTA E AUSÊNCIA, DE ROBERTA.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 04/03/2007
Reeditado em 18/03/2008
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