Amargas Memórias

Tenho fome, sinto a terrível sede

De sufocar-te em solidão,

Arrancar a tua foto desta parede,

Apagá-la de meu coração!

Pegar essas miseráveis cinzas,

Soprá-las aos ventos dos desesperos,

Sonhando que nossas línguas

A roer-me das ilusões até os cabelos

Enterre as minhas lembranças,

As páginas de tuas memórias amargas

Como corpos em sexuais danças

Que pela saudade então te embargas!

Neste circulo de contradições

Pus em teus olhos a visão da ventura,

Quando as falecidas emoções,

Mergulham-me no poço em amargura

Tantas juras de um amor eterno,

Desatando-se em nós de lamentações

Embriagados ao fogo do inferno,

Somos apenas miseráveis decepções!

O giz que traçou essas histórias,

Coloriram de ingratidão as nossas vidas,

Restam as amargas memórias,

Das mãos que um dia foram tão unidas

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 25/11/2012
Código do texto: T4003529
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