Por muita das vezes...
Por muita das vezes me ajoelho em estátuas,
Por muitas vezes me aperfeiçoo em me aperfeiçoar.
Quantas vezes ouço o sino, cismo em algum caminho ombrear.
Quantas vezes procuro aquela gratidão, mas me deparo com o outrem.
Porque toda vez tenho que lutar, por mais que eu sinta as minhas fadigas,
Por todos os dias.
Hoje, amanhã... Por todos os dias...
Quanto nos ombros fortes consigo carregar?
Existem fardos e fartos...
Fato, é que nem com ombreiras há de atenuar.
Há quantas umbreiras para me salvaguardar?
Então, rezo sem esforços, apenas tentando recapitular o meu espiritualismo.
Renato F. Marques