Mas por tantos mares que passei, e não me afoguei.

Quantas vezes caminhei na areia tentando preencher o vazio dos meus pés.

Tantas vezes avistei as estrelas tentando preencher o fútil da minha compreensão.

Quantas vezes eu chorei em rios de lágrimas.

Quantas vezes peguei o carro à procura de uma estrada na qual eu pudesse recomeçar.

Quantos carros desgovernados me atingiram no intuito de me dizimar.

Quantas areias entraram no meio dos meus dedos com o intuito de me incomodar.

Quantas flores me deixaram no meio do poste na índole de me prejudicar.

Mas por tantos mares que passei, e não me afoguei.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 19/11/2012
Código do texto: T3994049
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