Mas por tantos mares que passei, e não me afoguei.
Quantas vezes caminhei na areia tentando preencher o vazio dos meus pés.
Tantas vezes avistei as estrelas tentando preencher o fútil da minha compreensão.
Quantas vezes eu chorei em rios de lágrimas.
Quantas vezes peguei o carro à procura de uma estrada na qual eu pudesse recomeçar.
Quantos carros desgovernados me atingiram no intuito de me dizimar.
Quantas areias entraram no meio dos meus dedos com o intuito de me incomodar.
Quantas flores me deixaram no meio do poste na índole de me prejudicar.
Mas por tantos mares que passei, e não me afoguei.