E...FAZ-SE A SOLIDÃO
Clara da Costa
O tempo cristaliza emoções
em destinos, partidas, caminhos, chegadas...
o amor se enlaça no ventre das ilusões
nos versos que andam cansados.
Sem abrigo, sem refúgio, sem calma,
entre promessas vazias,
os braços estão inertes,
a alma despida de poesias.
Fantasias dissolvem-se no ar
no levitar das gaivotas
que dançam sobre o mar.
Ecoa a canção,
no silêncio que invade o entardecer,
e...faz-se a solidão.