Vazio
O vazio me bate como uma sangria
Escorre por meus desvarios
Seca molhando de um nada
Aperta o silêncio em oposta risada
Amputa-me, imputa-me ausências
Escuta-me em estúpida indiferença
Ócio sem descanso, lentidão doida
Solidão que toca sem ser atingida
O saber que o filho de si nunca lembra
O querer a única que não está à venda
A felicidade que em sonho se viu
Alguém de um passado que nunca existiu