Tábula Rasa
Som
Fome
Sede
Cólica
Sono
Cores difusas
Todo o mistério ainda virgem
Ao devoto faminto
Estranho de sua própria misericórdia.
Dia
Noite
Frio
Calor
Amor
Anjo sôfrego
Vulnerável aos tropeços
Sobre a crosta túrgida na epiderme da alma.
Chamados diáfanos
Em ondas
Tocam as margens
Da minha pedra bruta.
Estou só
Na fome dos meus instintos,
No verso do sentido lúdico
No inverso do sentimento lúcido.
Direitos Reservados - Lei 9.610 de 19/02/1998