Meu eu forasteiro
Em dias que não entendo
Pessoas obcecadas ao triunfo
uns até comovem
outros nem consigo perceber.
De almas grandes, fantasias
de sofreguidão tão insinuantes
parecem mais despedidas
do que mesmo tentativas
de em passos firmes seguirem.
E no silêncio que em mim brota
na mais triste noite fria
em casulos me escondo
mais me acham pela vida.
Me retraio sem saber
e quanto mais tento ser
o mais belo dentre os jovens
sofrimento há de ter.
Meu coração puro sem maldades,
sem teatros viva timidez
e quanto mais me procuraram
menos me encontraram pois não sou daqui
sou de lá, em um casulo
forasteiro ser!