Meu eu forasteiro

Em dias que não entendo

Pessoas obcecadas ao triunfo

uns até comovem

outros nem consigo perceber.

De almas grandes, fantasias

de sofreguidão tão insinuantes

parecem mais despedidas

do que mesmo tentativas

de em passos firmes seguirem.

E no silêncio que em mim brota

na mais triste noite fria

em casulos me escondo

mais me acham pela vida.

Me retraio sem saber

e quanto mais tento ser

o mais belo dentre os jovens

sofrimento há de ter.

Meu coração puro sem maldades,

sem teatros viva timidez

e quanto mais me procuraram

menos me encontraram pois não sou daqui

sou de lá, em um casulo

forasteiro ser!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 12/11/2012
Código do texto: T3981971
Classificação de conteúdo: seguro