Meus devaneios...

Tantos anos de eterno silencio...

Eu me via desvairada vivendo em desacertos,

não querendo machucar-me outra vez

por culpa deste amor...

Será que foram dias, horas, segundos

de ausente presença?

Modesta e altivamente dócil

Minha alma se fez em fragmentos...

Encontrou um arco-celeste confuso

cheio de tons e semitons

Uma serenata interrompe os meus devaneios

desperto...

A razão deu lugar à demência

o delírio vestiu meu corpo que tremia

- É doce sentir tua respiração enquanto sonho -

quais murmúrios de fábulas secretas

O sentimento é duvidoso e tu és apenas um

Desejo chamado esperança!

Ah! Vibro contigo na mesma sintonia

Divina canção que as minhas noites iluminam

As teclas do piano tocam sozinhas...

Harmonizam-se

com violinos que choram ao som

de profunda sinfonia...

É a aparição da luminosa essência

Barco ancorado em cristalino rio...