NOITE DE CHUVA
Chuva caudalosa, torrencial
De minha toca em pingos d'água
cuspo no mundo
Decreto minha esquizofrenia
E as pessoas tão repetitivas e asneirentas
no ir e vir de todo dia
Submeto as paredes a questões metafísicas
num interrogatório absurdo;
aponto o dedo para a janela e falo
da imensidão dos espaços negros e profundos
A chuva não cessa, mas o poema sim
Morpheus