CAMINHOS OPOSTOS
“CAMINHOS OPOSTOS”
Caminhos opostos
Rostos sem dolo
E um solo devoto
E um vão em se intervir
Caminhos opostos
Dali mimosos,
Frondosos,
Piedosos,
Famintos,
Em presidir
Insistir pelo ódio
Que cobro,
O amor de tão próximo
É o óbvio em se despedir
Caminhos opostos
Eu acho que despacho
Meus encontros dispensados
Ignorados enquanto sóbrios
Ótimos em não inquirir,
Caminhos opostos
Pedir que o amor
Não seja fraco
Ante ao lapso
Que marco um céu,
Tão corado
Cortado e cotado;
Condado amistoso
Misericordioso cordado
Compactuado com o teatro
Dos desprotegidos e destituídos
De laços intuitivos e reprimidos,
Sem palco
Caminhos opostos
Destroços visados
Quando ao mar iletrado
É vedada a alegria
A dado a supremacia
Em se reprimir
Em seus amistosos arroubos
Em sonhos depostos,
Em despedidas sem troco
E a caminho de se desistir,
Caminhos opostos
Redigir ao amor
Que não seja casto
Quando a água caminha
Seus calos
E o regato sem rastro
Seja calmo
A ponto de se extinguir
Sem seus braços,
Caminhos opostos
Sonhos de passos:
As mãos que acariciam
O toque ao avisá-los
Desfloram o outono em blocos
Em corpos dengosos
A fim de se permitir,
Os permissivos notórios
Que a pele reprimir,
Caminhos opostos
Permissões e possessões
Perseguições em visões
Em tremores que se esquentem
E aquecem ações que se esvaziam,
Que vadiam os trópicos
Que esvaziam a grita,
A espia do som não convincente
E simplório
Do amor que salga
As entranhas lascivas
Que me sentem vivas
E me pedem que as adentre
Símias
Hibernal como um foco
Em que a luz abrasiva
Partilha e traduz
Meu amor que é sóbrio
É novo e induz;
É temente e seduz
Os desvirtuados
Avoados e renegados
Aos que tomam a cruz
E que se queiram
Embevecidos e articulados,
Caminhos opostos
Que desfloram um impróprio
E recente resistir
Remanescente e adicionados
Às lembranças frívolas
Que lias em meu corpo
De bem doente
Com a ação de tortura
Que me vence
Fúria
Zelosa e pagã,
Cidadã e anfitriã
Em pedaços delgados
Pregados às mãos,
Que hão que saciá-los
Por ampará-los,
Envolventes sem adiá-los
Em insolventes vultos
Presenciados pelos corpos amantes,
Agora irmãos de devoção,
Caminhos opostos
Lustrosos,
Caminhos revoltos
Revoltosos por clã e cordas
Por lã e bordas
Que são à prova
Que moram em todo o partir
Em que dito a mim mesmo
Um vir sem memória,
Um parir sem misericórdia
De presidir o senhor
E o seco à vitória
Dos vitoriosos que se amarem,
Em amarras e afrontam
As canoas a virarem
Para o criminoso ato em lhes suprir
A conta dos libertinos em fórum
Em que me vim iludir,
Caminhos opostos
Vasos repostos
Eu dou-me ao seu lado,
Por amado
Mesmo que ao fim
Dê-se um fracasso vazio,
De infantil riso
Vejo mil repousos desafortunados
Dragado em se despedir
Do andrógeno laço
Que nos surtir
Surto do amor apreensivo
E parido sem o depósito
Dos que se amam incógnitos
Pelo escuro que toco,
Caminhos opostos
Aviso composto que coro
Do coro de lábios
Ao som de seu aviso
Que adio o sol visitado
Em seu suplício visível
Disciplinado
Onde existo,
Mesmo que por um rir arbítrio
E infindável
Em que desisto
Em franco imóvel atrito
Como o outro que é apaziguado
Apático modo
Em que crivo o vivo ócio,
O ópio em não se pedir
E reprimir meu inglório passado
Em que não se vivia
A presença de seus olhos
Para ir ao encontro dos mortos
Do amor que me permiti,
Caminhos opostos.