Muda quem me dera
A minha alma grita em sua agonia por mergulhar. Ouço mas, não escuto. Escutar o que?
Expresso o que não sinto e sinto o que não vejo. Como sei das chamas então?
Palavras. Estas saem aos montes a voar, mas de onde? Certamente não vêm do que escuto e não repetem o que vejo. Pois não escuto e não vejo.
Quem seria então capaz de me portar lentes límpidas e decibéis uivantes?
Quem seria então capaz de entender o tudo que existe no nada que fala minha língua triste e fria?
Faz-me calar