FORASTEIRO

Ando pelas estradas da vida

Sinto o cheiro da terra batida pela chuva

Não tenho medo do escuro, não mudo o meu jeito de ser

Gosto da poesia que exala.

Meus sentidos me chamam a caminhar

Não tenho teto...tenho o mundo

Dentro do seu mistério me convida

A andar ...a conhecer os mais doces sabores

Durmo ao vento ..debaixo da árvore

Vejo o sol de manhã cedo, pego minha bagagem e lá se vou pela estrada.

Encontro no caminho de tudo

O respeito me fez hospitaleiro de um

mundo sem destino.

Apenas caminho ...não penso em nada encontrar.

O cheiro da terra ....os olhos na serra

É que me fazem amar...

As quedas d’água que jamais voltarei a ver

fotos não tiro...registro tudo em meu ser

Sou forasteiro do chão ...

do sol fiz meu irmão

A lua minha luz que brilha.

Quem sabe amanhã me levanto

E como o chamar do canto

Me deixo encantar pela moça que vive a galopar pelos matos

Pego carona a cavalo e para o infinito eu aceito o seu cheiro e me deixo levar.

Forasteiro eu sou ...

Essa é minha sina...não tenho a hora da partida...

O meu coração bate em disparada ...sem nada deixar ...

Nem minha marca por onde eu passar...

Sou eu que me deixo marcar pelas estradas que me transformam

em viajante desta forma de amar.

Lucilene Nunes
Enviado por Lucilene Nunes em 23/10/2012
Código do texto: T3947772
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