Hipérbole
Sala inundada em escuridão
Num vazio de mil almas ao chão
Silêncio ecoa vozes mortas em decomposição
De mãos dadas com a linda solidão
Nenhuma luz acende
Meu coração não entende
Nada na vida surpreende
Nem mesmo a alma compreende
Milhões de vozes em coro
Segurando na palma da mão um choro
Desejas à minha felicidade um goro
Principiando com a morte um namoro
Não há tristezas na vida
Não há dor, nem ferida
Lacuna vazia a ser preenchida
Na contramão da minha avenida
Existência de não saber
Viver o todo sem nada ter
Com milhões de mágoas a desvanecer
Para a um sorriso fortalecer
Não há nada de explicação
Apenas rimas em composição
Mais um dia de inspiração
Colocando em letras minha imaginação