A SERPENTE DAS SEMANAS
Corpo solitário momento
Que precisa de carinho
Sai à noite com o vento,
Com olhares e espinhos
Em sua alma o contratempo
Seu destino está sozinho
E seu rumo tem o tempo
Com os anos do caminho
Corpo ao cosmos abandonado
Que em suas mãos segurou
Seu lábio não é tocado
E seu filho não vingou
A serpente das semanas
É o corpo com a roupa
Nada de noite Havaiana
N’uma ilha muito louca
Sua visão está no mar
Sua alma em pleno ar
Seu corpo está sozinho
Falta, o beijo, e o carinho.